DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS


DEIXAI VIR AMIM AS CRIANCINHAS PORQUE DELAS É O REINO DOS CÉUS

 

 

MONSTRUOSIDADE CONTRA CRIANÇAS

Um sentimento inexplicável de ciúme e a covardia de uma mãe de 19 anos podem ter motivado a morte precoce de uma criança de 1 mês e 9 dias, na madrugada de ontem, em Ibirité, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), a pequena Isabele Samonele Ferraz apresentava um trauma na cabeça e lesões no rosto, tinha queimaduras nas costas e um braço quebrado. A mãe da menina confessou o assassinato, mas o pai do bebê também foi preso.

A criança foi encontrada pela PM depois que o pai da criança, Leonício Ferraz da Cruz, de 24 anos, perguntou para vizinhos como deveria proceder para enterrar um bebê. A dúvida chamou a atenção de moradores do bairro Jardim Montreal, que chamaram a polícia. "Na casa, encontramos o bebê sem vida e com muitos ferimentos pelo corpo", contou o tenente Marconi Eduardo.

No início, Brenda Samonele Damasceno disse que a filha havia caído na noite anterior e que amanheceu morta no carrinho de bebê. Mas, já na presença dos policiais, a jovem apresentou outras versões para o que teria acontecido. "Eu estava brincando com ela. Dei algumas mordidinhas nela, mas brincando. Acho que apertei a barriga dela muito forte", disse a mãe, com aparente frieza. "Não foi o meu marido. Ele foi dormir mais cedo", enfatizou.

Apesar da confissão da mulher, Leonício da Cruz também foi preso. A polícia suspeita que ele tenha participação nas torturas sofridas pela filha, já que chegou a confirmar que queimou as costas da menina durante um banho quente. Além disso, a menina já estava com o braço quebrado desde o início do mês.

Em conversa com a reportagem do Super, o pintor desempregado garantiu que não matou a filha e se mostrou assustado com a confissão da companheira. "Ela me acordou desesperada, dizendo que a neném estava morta. Ela era boa mãe", disse.

Outra morte

Essa é a segunda filha do casal morta em dois anos de relacionamento. Em 16 de novembro de 2011, outro bebê, então com 2 meses, também morreu de maneira, no mínimo, estranha. A avó materna, Sueli Rodrigues Rosa, de 40 anos, apresentou um laudo do legista confirmando que a primeira neta morta apresentava várias lesões pelo corpo, mas a causa da morte não foi determinada.

 

 

 

Corpo de Kamyla é encontrado

 

 

 

As buscas pela menina Kamyla Grazzyele Santos Vitoriano, de 5 anos, terminaram da pior maneira possível. Ela estava desaparecida desde o último dia 16, em Bom Sucesso, na região Centro-Oeste de Minas, e foi encontrada morta, na manhã de ontem, em um pasto próximo à delegacia da cidade. O corpo, parcialmente nu, estava dentro de um saco e foi encontrado por um tio da menina, que auxiliava nas buscas.

O corpo passará por exames que indicarão qual foi a causa da morte e quando aconteceu. Porém, a polícia identificou aproximadamente 11 perfurações, no rosto, no pescoço e no tórax. Segundo o delegado Emílio de Oliveira e Silva, os ferimentos foram provocados, provavelmente, por uma faca.
Por enquanto, a motivação da morte da menina continua sendo um mistério. Na última quinta-feira, uma mulher de 25 anos foi presa por suspeita de ligação com o desaparecimento. Uma testemunha teria visto a mulher, que tem passagens na polícia por uso de drogas e por furto, com outras duas pessoas e uma menina em um carro. "O que mais chamou a atenção foi o fato de ela ter tido cinco filhos e doar todos eles", disse o delegado. O companheiro da mulher também foi detido.



No dia 16, a mãe de Kamyla a deixou na porta de casa para brincar e, quando foi procurar a filha, não a encontrou mais. Desde então, surgiram várias pistas. Algumas pessoas disseram ter visto a menina, em duas ocasiões diferentes, no município de São Tiago, o que foi descartado.

O delegado trabalhava com diversas possibilidades para o desaparecimento, sendo elas: vingança, tráfico de pessoas, tráfico de órgãos, trabalho escravo ou exploração sexual. "Não descartamos essas possibilidades. Ela pode ter sido sequestrada para um destes fins e acabou morta", disse.

Segundo uma tia de Kamyla, que não quis ser identificada, a família está muito abalada, principalmente pela crueldade do crime. "Eles são uma família tradicional, tranquila. Como a cidade é pacata, temos o costume de deixar crianças na rua, na porta de casa. Não imaginávamos que isso poderia acontecer", disse. Ainda segundo ela, a família nunca tinha sofrido ameaças nem tinha inimigos. O corpo foi levado para uma funerária da cidade.